terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Não te quero mais


 

Não te quero mais

Nunca me decepcionei tanto nesta vida, e me pergunto se tinha justamente de ser com você, que sempre se demonstrou como amiga.

Você me feriu e, me feriu da pior maneira, só pra realizar seus caprichos e conseguir ter mordomias numa casa que não te pertence. Estais jogando baixo comigo, pintando meu cartaz para as pessoas mais próximas de mim.

Lembra-te neste mundo que um dia eu te ajudei a ser o que és hoje, lembra-te que tens o que tens porque eu me compadeci de tua angustia e resolvi te dar a mão.

Não te quero mais,

Diante de tudo, teu jeito dissimulado e cínico de ser, de tua intromissão num assunto para o qual não foste chamada, a distância de ti é tudo o que quero, minha casa ficou pequena pra nós.

Muito me admira a tua audácia em fazer as coisas (as tuas merdas) e vir se desculpar deturpando a história, culpando pessoas que te defendem pra mim. Sinto-me ultrajada com tua presença, tua falsidade, tua mesquinhez, tua arrogância.

Não me dá nem um bom dia ou boa tarde e se acha no direito de depender de mim, de usufruir de meus bens. Conseguiu fazer com que eu te deteste garota. E hoje sabendo realmente quem é, faço isso com gosto.

Quero deixar claro que de agora em diante as coisas vão ser do meu jeito, ou não serão de ninguém.

Não te quero mais e ainda assim estou te dando a ultima oportunidade: se não queres seguir minhas regras, cai fora da minha casa, porque de hoje em diante não terás mais o meu silêncio e nem minha cordialidade.

Ainda não fiz a minha vontade, pelo simples respeito que tenho para com o que se chama de família. Mas estou tão incomodada com tua presença, que estou disposta a passar por cima de meus valores.

As coisas bem que são como Augusto dos Anjos diz em Versos Íntimos:

"A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"

Apedrejaste-me com tuas mãos que diziam me afagar, se a recíproca é verdadeira, só tenho a dizer que vou apedrejar a "mão vil que me afaga".

Não te quero mais!

Dahlia Ferreira


 


 


 


 

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